Friday, July 29, 2011

You Are The Quarry: Um Clássico


Mantendo-me longe dos recentes comentários polémicos de Morrissey sobre o ataque à Noruega só quero afirmar que o 7º álbum de estúdio deste artista é genial e um dos melhores alguma vez lançados.
Eu acho que Morrissey depois de ter lançado o seu Best Of de 2007 (Suedehead) pensou seriamente que rumo deveria ter a sua carreira e qual o regresso, depois de Maladjusted, o seu último CD de originais antes de You Are The Quarry.
E esse seu regresso resultou num LP de 12 músicas geniais.
Hoje eu não passo sem este álbum e, desculpem-me fanáticos de Smiths, gosto bastante mais deste CD do que qualquer outro da antiga banda do artista.
Lembro-me em 2004 ainda estar a escrever e atento ao fórum dos Suede (que tinham acabado no ano anterior) e todos os fãs ficarem excitados com o nº 3 de Irish Blood, English Heart e eu, não conhecer nada significante de Morrissey a solo, decidi explorar. Ouvi o single e adorei. Mais tarde, depois de ter comprado Suedehead, numa boa promoção da FNAC iluminei-me e comprei You Are The Quarry.
Sinceramente, da primeira à última música (talvez a última devesse ser um real hino o que não é...) adorei o álbum. Letras fortes, malhas de guitarra modernas e directas e, músicas mesmo "catchy", que ficam mesmo no ouvido!
Depois de o ter milhares de vezes apetece-me fazer uma apreciação (pessoal) de música a música.

01-America Is Not The World
Sem palavras, é a minha música preferida do CD e está perfeita! Suave, letras fortes e acima de tudo, Jerry Finn (o produtor) sabe mesmo onde utilizar cada som. Mais concretamente refiro-me aos teclados na parte final da canção completamente geniais. Um Clássico

02- Irish Blood, English Heart
O melhor single que poderia ter aparecido do CD! Representa a grande força do álbum, um indie-rock bastante activo e uma letra agressiva mas que faz acreditar os seus ideais a quem o ouve! As guitarras estão perfeitas!

03- I Have Forgiven Jesus
Outra grande música que prima tanto pelas letras assim como a suavidade. Suavidade que, quando é necessário se transforma numa confissão desesperada sobre algo que não tem solução "And why did you give me so much love in a loveless world ehen there's no one I can turn to to unlock all this love"

04- Come Back to Camden
Das músicas que menos aprecio no álbum mas que, mesmo assim traz um grande "ponto de respiração" na audição do álbum por completo. Momento para descansar um pouco depois de 3 músicas tão rompentes como as primeiras.

05- I'm Not Sorry
Um momento bastante romântico e pausado que continua com as boas baladas que Come Back To Camden tinha começado. Uma confissão de Morrissey bastante comovente mas, ao mesmo tempo, vingativa

06- The World Is Full of Crashing Bores
Um regresso às músicas mais comerciais no álbum e que entram mais no ouvido (sem exagerar) mas ao mesmo tempo (nisto este artista é mestre) a juntar o sentimento de pena, de melancolia, de desespero

07- The World Is Full of Crashing Bores
A par da primeira e da seguinte, a melhor música do álbum. Esta música tem tudo, questiona tudo aquilo que nós sentimos, "como pode alguém saber como nos sentimos?" quando essas pessoas nos tentos subestimar? A resposta é simples "But even I, As sick as I am, I would never be you" e Morrissey diz-lo no melhor estilo! Os teclados no fim são, novamente geniais!

08- First Of The Gand To Die
Irish Blood, English Heart representa melhor You Are The Quarry mas se fossemos escolher o single perfeitos seria este. A letra é óptima, simples, o "riff" de guitarra é (estupidamente) perfeito, o refrão (super) catchy, o solo de teclados emocional e o final da música nada repetitiva (a sério), apesar de repetir algumas vezes "you stole your hearts away" nada na música se pareceu com isto até agora. Grande momento.

09- Let Me Kiss You
Se a música anterior era o perfeito single este é a perfeita balada. Muito sentimental, o piano "fala" por si, letras coerente com o LP e, o mais importante, que ainda não tinha havido no CD até agora é o solo final de teclado que é belíssimo ou melhor, mesmo belíssimo

10- All The Lazy Dykes
Bela balada, boa para começar a anunciar o fim de You Are The Quarry, simples mas super eficaz! Não é um dos melhores momentos mas frases como "Free yourself, Be yourself, Come to the Palms and see yourself" ficam no pensamento.

11- I Like You
Um potencial single revelando uma música emocional mas ao mesmo tempo, um "hit" e, como já referi, Morrissey sabe bem misturar estas doses e fornecer algo fascinante e que nos prende de grande maneira. Uma pessoa não fica indiferente a isto.

12- You Know I Couldn't Last
Uma pessoa podia esperar para finalizar este grande CD um hino à música mas Morrissey faz antes um hino a si mesmo abrindo algumas feridas e relevando alguns dos seus próprios problemas e preocupações. Mais sincero que isto era possível? Talvez, mas assim já está óptimo!

Se desse uma nota seria 10 em 10...

Tuesday, July 26, 2011

Hoje Comprei...


Lou Reed - Transformer
Um clássico que já me faltava à bastante tempo.
Vi uma boa oportunidade para o comprar (6€) e não falhou!
Este é a edição de 2002 com remasterização e duas músicas extras: as demos acústicas de Hangin' 'Round e Perfect Day.A capa é igual, apenas o dourado em cima da cabeça de Reed alonga-se mais um pouco.
Relembro que o CD contém êxitos como Perfect Day e Walk On The Wild Side e foi produzido por Mick Ronson e David Bowie em 1972.

Saturday, July 23, 2011

Morreu Amy Winehouse


Amy Winehouse foi encontrada hoje pela polícia morta no seu apartamento em Londres.
As causas ainda não desconhecidas mas, devido às acções e depressões da cantora nos últimos anos tudo indicada para algum tipo de overdose. A cantora ia voltar ao concertos nestes meses mas, devido à péssima apresentação que teve na Sérvia, completamente fora de si alcoolizada e drogada, toda a tournée foi cancelada.

Amy tinha 27 anos, uma voz fenomenal e um álbum que foi dos mais aclamados e vendidos nos últimos anos (Back to Black).

Suede - Bentswood Boys Ao Vivo Em 1995


O meu segundo vídeo do novo canal do Youtube é uma montagem de fotos que servem de suporte ao áudio da primeira vez que os Suede tocaram a mítica Bentswood Boys ao vivo.
Tal aconteceu no (também mítico) Royal Albert Hall em Londres no dia 21 de Maio de 1995 num concerto de caridade. A música teve dedicação e ainda foi um momento especial para Richard Oakes pois, este foi o seu concerto número 100 com a banda e tinha toda a sua família (o guitarrista tinha 18 anos na altura) a aplaudi-lo nos espectadores. Na descrição do vídeo tem uma citação do livro "Love & Poison" sobre o concerto.
"The second Anderson/Oakes song, "Bentswood Boys" was given its first live airing at the Albert Hall in May, a charity event that raised 15.000 pounds for Friends Of The Earth. Brett dedicated the song to Hayward Heath's sweet and tender hooligans. The concert, one of Suede's best of the year, was apparently Richard Oakes's one hundredth. His entire family were in the audience, beaming proudly".

Aqui vai ela:

Thursday, July 21, 2011

Canal YouTube e Music Like Sex Ao Vivo


Abri recentemente um canal do Strange Sound no Youtube (StrangeSoundBlog) porque encontrei aqui alguns vídeos raros e engraçados dos Suede que ainda não estavam lá e assim vou deliciar alguns fãs da banda.
A minha primeira aposta foi um vídeo, filmado por um espectador, de Music Like Sex dos Suede, uma música nunca antes lançada (até há pouco tempo no Head Music Deluxe Edition).
A música insere-se no penúltimo concerto da banda de Brett Anderson antes de acabarem em 2003 no mítico Brixton! Um clássico e com grande som!
Vejam aqui e estejam atentos ao canal!

Wednesday, July 20, 2011

Canditos ao Mercury Music Prize Anunciados


Foram anunciados os candidatos a um dos mais importantes títulos da música anual: o Mercury Music Prize (agora chamado de Barclaycard Mercury Prize).
O prémio é atribuído ao melhor álbum do ano lançado no Reino Unido e Irlanda (de onde vem a grande maioria das grande músicas portanto).
A lista é de 12 álbuns e aqui vão eles:

Adele - 21
Anna Calvi - Anna Calvi
Elbow - Build A Rocket Boys!
Everything Everything - Man Alive
Ghostpoet - Peanut Butter Blues and Melancholy Jam
Gwilym Simcock - Good Days At Schloss Elmau
James Blake - James Blake
Katy B - On A Mission
King Creosote & Jon Hopkins - Diamond Mine
Metronomy - The English Riviera
PJ Harvey - Let England Shake
Tinie Tempah - Disc-Overy

O meu voto iria para PJ Harvey mas, tendo em conta o sucesso estrondoso de Adele, cheira-me que o prémio não lhe escapa.
Entre antigos vencedores destaco Suede, Pulp, Portishead, Franz Ferdinand, Arctic Monkeys e The XX (últimos vencedores).

Tuesday, July 19, 2011

Hoje Comprei...


A New Morning dos Suede versão 2 CD + DVD
Assim em poucos palavras o que há de grande novidades são a música Refugees (de Alex Lee e Brett Anderson) nunca antes lançada e bastante boa por sinal (bastante melhor que a maior parte dos lados B desta época). As demos de Lost in TV, When The Rain Falls e Untitles estão (estupidamente, porque não ficaram estas versões como as finais?) boas e a demo de Love The Way You Love funciona bem, mais lenta, mais rock, mais "ao vivo" do que a original que perdeu imenso com a produção.
No DVD é engraçado ver que a banda sente que ficou desiludida com o álbum como reconhecem que grande parte do erro foi mesmo de más escolhas de singles, lados b e músicas a gravar porque no fundo existem mesmo grandes canções desta época como Simon, Cheap, Obsessions ou Astrogirl. A New Morning foi uma tentativa (falhada?) de re-inventar uma banda com 10 anos de história, para um registo mais acústico, puro e humano o que, em termos de vendas não resultou tão bem como os restantes LP's dos Suede.
Para completar esta análise nada melhor do que citar as próprias palavras de Brett Anderson sobre A New Morning.

"A New Morning, with all its fault and the times because of them, remanis as an honest and intensely human document"

Friday, July 15, 2011

Manu Chao No Marés Vivas


Começou ontem o festival Marés Vivas em Gaia!
Em primeiro lugar sabe imenso bem ter um festival (já) com fama de trazer boas bandas ao Norte e este ano não é excepção com Manu Chao, Moby ou Tindersticks.
Cheguei lá pelas 24h o que foi ainda a tempo de ver parte do concertos dos Xutos & Pontapés. Depois, lá pelas 2 da manhã começou o concerto da noite. O concerto foi muito intenso com poucas pausas (e ainda bem) pois Manu Chao não precisa de dizer muitas palavras para transmitir a sua mensagem, a música chega. Momentos altos para mim foram Clandestino, com um coro impressionante do público e a música La Vida Tombola também é algo grandioso. O público foi impecável principalmente no fim fazendo a banda voltar a pegar nos instrumentos várias vezes. Politik Kills soa também imenso bem ao vivo e Rainin Paradize numa versão mais acústica do que aquela conhecida foi também espectacular.
A energia de Manu Chao é também contagiante e a banda que o acompanha é composto "apenas" por músicos excepcionais. Para ajudar a festa o músico francês ainda falou algumas vezes na nossa língua materna.
É caso para dizer Próxima Estación: Esperanza

Clandestino ao vivo no Marés Vivas

Saturday, July 02, 2011

Music Like Sex


E, depois de a ter elogiado muito, aqui está a mais recente (com 8 anos) obra prima dos Suede.
Music Like Sex foi uma música que a banda a começou a compor em 1999 mas só a finalizou em 2003 onde foi apresentada ao vivo nos últimos concertos dos Suede antes de se separem. A música ficou escondida até hoje onde fez parte como "bonus track" da nova edição de Head Music. Esta é a melhor 8ou mesmo única) versão existente gravada em estúdio mas provavelmente se fosse mesmo produzida para um álbum de originais não soaria assim. No entanto a música tinha tudo para ser um êxito, as palavras "Music Like Sex We Like To Have Sex Too" sempre a percorrer a música são incrivelmente "catchy" (quem não as fica a cantar depois de ouvir uma vez a música), a guitarra de Oakes está poderosa, a batida é rock mas dançável, a letra é bastante misteriosa, interessante e com várias vertentes, o baixo de Osman ocupa muito bem todos os espaços e até a voz de Brett, que nesta altura estava um pouco rouca, parece melhor (mas não perfeita) que aquela que deu em A New Morning.
Resumindo, esta composição de Richard Oakes e Brett Anderson é um grande momento musical.