Thursday, February 18, 2010

The Mad Straight Road


Patrick Duff já deu o concerto de apresentação de "The Mad Straight Road", o seu mais recente álbum.
O músico tem feito bastantes declarações via Facebook e descreveu o concerto como "o triunfo da Lua".
Nessa noite, pela primeira vez, o público pôde comprar o segundo disco a solo de Duff. Agora, quem viver no Reino Unido e quiser também o álbum terá que entrar em contacto com o próprio artista para ele mandar por correio.

Apesar de ainda não ter o LP já o pude ouvir e fiquei de queixo caído.
Está simplesmente perfeito. Tem um equilíbrio perfeito entre o épico, o sentimental, o indie, o folk, a depressão e a alegria que um grande trabalho deve ter. As letras são, como seria de esperar vindo de Duff, sempre muito profundas, intimas, pensadas e reais o que faz com que considere este músico como um dos melhores (senão mesmo o melhor) na escrita de canções.

A abrir o álbum tem um pequeno prelúdio épico. Depois ouvimos Dead Man Singing uma música que já acompanha Patrick há alguns anos. Calma, com um som "creepy" atrás e uma guitarra a acompanhar bastante bem um contra-baixo que marca um ritmo mais "60's". The Tourist é a música que se segue e trás um ar feliz e alegre, óptima para cantarolar, com umas "backing vocals" muito boas sempre a acompanhar a música.
Three Little Monkeys parece ainda mais uma música saída dos anos 60's, brincalhona e alegre. A banda é muito bem explorada nesta música e tem um "na na na" que fica automaticamente no ouvido. Spider-Woman é que se segue e mostra-se como a música mais sensual do CD, óptima para quem estiver bem acompanhado a beber um bom vinho maduro. Em Dora Brown, Patrick faz-se acompanhar de uma voz feminina para fazer um dueto alegre, com um óptimo jogo de "pergunta-resposta".
A número 7 é Wake Up Richard, uma música antes posta no myspace mas agora numa nova versão em que Patrick conta um pouco mais grave. É de longe a música mais feliz do álbum e é mesmo aquela tipo de som que nos põe bem disposto em 5 segundos! Das minhas preferidas. Ed's Not Dead conta uma história que Patrick viveu em que pensou que um amigo tivesse morrido mas que afinal estava vivo. Mais uma música feliz mas em vez de ser daquelas que nos dão boa disposição automática como a anterior esta dá-nos esperança.
A Woman Who Don't Talk English entra no campo mais profundo e escuro de Duff, uma música triste que fala sobre a busca de uma mulher que verdadeiramente o compreenda. Don't Worry Now é o folk/indie mais anti-stress e mais "boa onda" de todas as músicas. Um apelo à calamidade.
A penúltima música é, possivelmente, o momento mais alto de The Mad Straight Road. Poor Old John é sem dúvida um hino brutal muito complexo em que Patrick vai ao fundo da sua alma para o cantar. Usa todo a sua força e tem um final supremo! Quando ouvi o CD inteiro pela primeira vez cheguei a esta música e pensei, isto é sem dúvida do melhor que alguma vez ouvi em toda a minha vida.
Mas, para mim, o melhor estava para vir. A última música My Sober Heart é um dos mais belos e simples pedaços de música que alguma vez ouvi. Patrick canta sobre a felicidade de ser vivo e exprime isso perfeitamente bem nos poucos instrumentos e palavras que usa nesta música. Simplesmente perfeito!

The Mad Straight Road é sem dúvida alguma um dos melhores discos que já ouvi e, apesar da minha resposta variar com o meu estado de espírito, actualmente era o CD que levaria para uma ilha deserta se só pudesse levar um.

Ouçam quatro músicas no Myspace Oficial de Patrick Duff

2 comments:

Stef said...

Isto é que é esmiuçar um disco! O blog está com muito bom aspecto. Só grandes discos. Parabéns

Anonymous said...

este vale mesmo a pena, é daqueles discos para toda a vida! tens que dar uma ouvidela!